quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Na estrada... A gente vai continuar?

Não sei, estou sem criatividade... ha uma semana que não escrevo nada, não tenho vontade, não é por nada demais, apenas estou com bloqueio de escritor... palavra que ainda me custa a dizer a mim proprio... pois nunca me senti um escritor, não me julgo tão bom quanto isso... contudo teimo nestes pequenos ensaios de escrita... enfim... não devo de ter nada mais para fazer...


E hoje...



Hoje apetece-me fazer-me a estrada, pegar no carro e arrancar, ver onde a mesma me leva (ou pelo menos os 20 € que tenho no deposito me levam, que neste momento já não devem de restar mais de 7 € de gasoza), não me apetece ficar parado...

Mas parado eu estou...

No tempo...

No espaço...

No computador...

Em ti... (que és fiel leitor destes fragmentos da imaginação deste escritor...(pseudo-escritor))

Na estrada...



Tira a mão do queixo não penses mais nisso
o que lá vai já deu o que tinha a dar
quem ganhou ganhou e usou-se disso
quem perdeu há-de ter mais cartas p´ra dar
E enquanto alguns fazem figura
outros sucumbem á batota
chega a onde tu quiseres
mas goza bem a tua rota

Enquanto houver estrada p´ra andar
a gente não vai parar
enquanto houver estrada p´ra andar
enquanto houver ventos e mar
a gente vai continuar
enquanto houver ventos e mar

todos náo pagamos por tudo o que usamos
o sistema é antigo e não poupa ninguém
somos todos escravos do que precisamos
reduz as necessidades se queres passar bem
que a dependência é uma besta
que dá cabo do desejo
a liberdade é uma maluca
que sabe quanto vale um beijo

sábado, 23 de fevereiro de 2008

ONEREPUBLIC - Apologize (live) HIGH QUALITY

"Perdoamos na medida em que amamos..."
La Rochefoucauld , François


I'm holding on your rope,
Got me ten feet off the ground
I'm hearin what you say but I just can't make a sound
You tell me that you need me
Then you go and cut me down, but wait
You tell me that you're sorry
Didn't think I'd turn around, and say...

It's too late to apologize, it's too late
I said it's too late to apologize, it's too late

I'd take another chance, take a fall
Take a shot for you
And I need you like a heart needs a beat
But it's nothin new - yeah
I loved you with a fire red-
Now it's turning blue, and you say.
"Sorry" like an angel, heaven let me think was you
But I'm afraid...

It's too late to apologize, it's too late
I said it's too late to apologize, it's too late

It's too late to apologize, it's too late
I said it's too late to apologize, it's too late
I said it's too late to apologize, it's too late
I said it's too late to apologize, it's too late

I'm holdin on your rope
Got me ten feet off the ground...



Rita Guerra - Gostar de ti

O amor é a vida...
E a minha vida és TU
Até um dia a minha vida acabar
e o coração deixar de bater...
Amo-te

Ausência ..




- Não suporto a escuridão, o silêncio e o frio - pensei eu
- Por acaso não estás a querer insinuar que eu te obrigo a isso, ou estás? - perguntou de imediato o meu ego.
- epáh, mas sabes oh ego, tipo, existem certas cenas maradas aqui dentro desta cabeça que às vezes parece que não sabe pensar como deve ser - disse eu de mim para mim mesmo, como se estivesse posicionado num palco tentando demonstrar a minha altivez perante o público (ego).
- Então, conta-me o que se passa. Estou ancioso, quero saber tudo. Aliás, tenho-te a dizer que ao longo do tempo tens vindo a querer iludir-me com os teus truques de mágia ou aquelas palavras malabaristas que tentam fugir sempre aquilo que não consegues: a tua revolta - O ego demonstrou-se ser um pouco mais inteligente.
- Eu sei meu amigo ego .. Sabes, o tempo é uma verdadeira revolta, os dias passam, aquilo a que chamas corpo vai ficando mais velho, mas tu ..seu porco .. sempre tentando dar a volta por cima, dizes sempre a cada ano que passa que estás mais jovem e bonito, mas é tudo uma farsa, tu és uma farsa e este corpo em que habito, este cérebro de merda a que tu tentas alimentar todos os dias com um pouco de leitura nao te serve para nada. - alvitrou o meu pensamento
- Boa! Mas não sei se já reparaste aqui num pequeno pormenorzinho .. é que parece que sempre sabes escrever e falar - respondeu o ego, tentando demonstrar sempre o seu lado forte
- Ouve oh bacano .. se pensas que vens prá'qui todo armado em pimpão com essa conversa de politico, tenho-te já a dizer que daqui não levas nada. Tu és sempre a mesma merda, pah. Ouve.. já nem sei como consigo habitar em ti, tu é que estás sempre a tentar fugir às conversas, uma pessoa sinceramente, já nem te entende como deve ser, é o que eu te digo, a leitura não te serve de nada.




E o pensamento permaneceu calado durante um longo tempo dentro da consciência.

Xiuuuuuuuu! (apagaram-se as luzes do palco)


Silêncio ..


E uma mão pousou suavemente num papel.
Vagarosamente começou a escrever ..





Terça-Feira, 06h07
26 De Outubro De 1986


Se soubesses o quanto choro por ti, o quanto anseio por te ter novamente em mim, dentro de mim. Preciso de pensar, preciso de ti, das tuas palavras, das tuas ideias, dos teus gestos animados de tentar sempre sucumbir a minha consciência e sempre sem sucesso. A partir do momento que saiste da minha vida, os dias tornaram-se oprimidos, cinzentos, o arco-iris tornou-se uma espécie de televisão a preto e branco, uma imagem distorcida de vez em quando aparecia no pequeno ecrã, e de repente ouvia um estalido, eram aquelas mãos a tentar chocalhar a minha consciência e bastaram apenas uns meros segundos para que com uns pequenos safanões a imagem voltasse novamente aparecer e a tornar-se nitida mais uma vez. Eu cedi a tudo só por ti e tu nem esse pequeno valor me soubeste atribuir, deixaste-me alí sozinho .. sentado naquele rochedo à beira-mar e a ver o por do sol nas tardes rigorosas de Inverno (eu sei que não gostas do frio, dizes-me isso vezes sem conta, bem como sei que não gostas do silêncio ou da escuridão). Passaram-se dias, meses, as estações mudaram e rapidamente o folhear das páginas de um calendário se tornavam cada vez mais necessárias, porque o tempo não espera por nós, pelo nosso amor, pelo romance passado e escrito em vão numa folha rasgada de um caderno colocado na prateleira de uma estante empoeirada. Ao longo do tempo as imagens deixaram de fazer sentido e tu meu querido pensamento, deixas-te de estar dentro de mim como uma águia que se deixa levar pelo sabor do vento. Mas hoje chorei a tua ausência por vários motivos, porque sem ti eu nada sou, porque sem consciência não há pensamento e vice-versa. Preciso novamente de ti, dos teus pensamentos que mesmo apesar de achar que são parvos, às vezes fazem todo o sent..

(..De repente as luzes do palco acenderam)

- epah, o EGO .. é o que te digo, tu és sempre a mesma merda, mas eu sei que tu precisas de mim para seres quem és!
- Está..está .. estás a dizer que vais voltar?
- Eu nunca te abandonei .. sempre estive dentro de ti.
- Mas então porque ficaste tanto tempo em silêncio? Deixas-te percorrer anos a fio e nunca me disseste nada? Ficaste calado nos teus pensamentos sabendo tu que odeias o silêncio?
- Sabes .. minha cara amiga consciência .. às vezes é necessário fazer a nossa ausência suficiente forte para que alguém possa sentir a nossa falta, mas eu tomei percauções, sabes?
- Não estou a perceber - disse o ego já irritado
- humpf .. é que essa ausência não se pode tornar demasiado longa ao ponto de descobrir que esse alguém pode viver sem nós.

E a consciência abraçou disparatadamente o pensamento. Hoje ainda vivem às turras um com o outro, mas enfim.. cada vez que vão os dois juntos de mão dada na estrada não há ninguém que consiga resistir e mandar para o ar um assobiozinho.

Nota:
Ego é o centro da consciência inferior (diferente do Eu que é centro superior da consciência). O Ego é a soma total dos pensamentos, idéias, sentimentos, lembranças e percepções sensoriais. É a parte mais superficial do indivíduo, a qual, modificada e tornada consciente, tem por funções a comprovação da realidade e a aceitação, mediante seleção e controle, de parte dos desejos e exigências procedentes dos impulsos que emanam do indivíduo. Obedece ao princípio da realidade, ou seja, à necessidade de encontrar objetos que possam satisfazer ao id sem transgredir as exigências do superego. Quando o ego se submete ao id, torna-se imoral e destrutivo; ao se submeter ao superego, enlouquece de desespero, pois viverá numa insatisfação insuportável; se não se submeter ao mundo, será destruído por ele. Para Jung, o Ego é um complexo; o “complexo do ego”. Diz ele, sobre o Ego: “É um dado complexo formado primeiramente por uma percepção geral de nosso corpo e existência e, a seguir, pelos registros de nossa memória.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

O ultimo desabafo da melancolia…

Não estou a conseguir-te esquecer meu amor, desculpa-me… Não estou bem assim, não sem ti… Não estou a conseguir viver como teu amigo, quando o que anseio é ser o teu marido… Não estou a conseguir… não depois deste ultimo ano a ser o teu companheiro… a viver tudo o que vivemos… tudo o que passamos… tudo o que sonhamos…

E os sonhos? Já os não tenho… nem sonhos, nem nada… nem descansar consigo… sabes ouve o tempo em que nem tive o aperto no peito de perda que trago em mim… Houve o tempo em que fiquei contente com a separação, houve o tempo em que nem me importei… mas agora que já estamos há quase dois meses separados… Estou a perder-me em desespero…

Sim, eu sei que tenho força para superar esta dor, e estou a superar, este será o meu ultimo desabafo… não vale a pena estar assim… estamos melhor um sem o outro eu sei… ou isso é o que todos dizem… tu inclusive… mas eu não acho… se eu acha-se não me sentia assim… mas o que importa é que tu estas bem…

Aqui no meu velho quarto em casa da minha mãe, ainda nem tive coragem para desempacotar a tralha toda da mudança… não consigo… ainda tenho as coisas tal e qual como no dia em que voltei as minhas origens… E nem te digo, a minha velhinha esta a fazer um esforço… de quando em quando vem ter comigo para me dar um beijo na testa e para me dizer que vai ficar tudo bem… os meus amigos também tem me ajudado… mas não estou bem assim…

Eu sou parvo, né… tu estas bem e eu aqui a esvair-me em lágrimas cheio de dor… sim, afinal as minhas dores não são apenas as das costas que tanto eu me queixo, mas também as do peito que trago em mim em segredo. Mas tu estas bem, e como te quero bem é o que importa… eu também vou ficar bem.

Chega a sério… não te vou mais falar de amor… é o que sinto por ti, mas o amor não esta a fazer bem, então esta na hora de não pensar mais nisso… Eu sinceramente duvido que consigo, hei… Tu sabes como sou, mas para nosso bem, a ti nunca mais irei proferir essa palavra…

E bem, este desabafo já está muito longo, por isso acho que também está na altura de por um ponto final ao mesmo… Chega de lágrimas… De lamentações… E tristeza… Sinto-me a desperdiçar a minha vida, e não pode ser. Ora, se tu estas bem, eu também tenho que estar. Hei… não sei o futuro, mas por agora a vida é assim…

Vai meu amor, voa… Vive a tua vida… Se feliz… Pois a tua felicidade é a minha também. Aqui e agora, eu te liberto, soltos as amarras, e deixo-te voar em liberdade. E se por ventura algum dia voltares atrás… terei os braços abertos para te receber… Se não voltares, também não faz mal… Amamo-nos, fomos felizes, tivemos uma vida… Éramos dois, e fomos um… Só por isso podemo-nos dar como felizes…

E repetindo a parte final do meu ultimo desabafo… Gostava que viesses até mim, que o Amor fosse suficiente… mas não é né… não importa mais agora… Não ligues foi só um desabafo…

Amo-te…

Um beijo…

Adeus…

Afago.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Tela em branco de saudade...






“Faça sua ausência ser suficientemente forte para que alguém sinta sua falta...
Mas, cuide para que essa ausência não se torne longa, ao ponto desse alguém
descobrir que pode viver sem você.” Alexandre Dumas


Pois é… Estou em branco… (não só no blog…) Estou….





Não me está a sair nada…









PAUSA!!!!







A musica que esta tocar é para me ajudar mais um bocadinho a falta de criatividade uma vez que ela indica o meu estado de espírito correntemente… E esta é uma musica que eu não queria usar, diz-me tanta coisa… trás tantas recordações… Mas como não sei como é o amanha… uso-a agora, e depois logo se vê…



Apetece-me acabar com isto… (pela terceira vez…) Mas se o fizer, sei que não será por muito tempo… não consigo… faz parte de mim… da minha alma…






“Os ventos que as vezes tiram algo que amamos são os mesmos que nos trazem algo
que aprendemos a amar... Por isso não devemos chorar pelo que nos foi tirado e
sim aprender a amar o que nos foi dado... Pois tudo aquilo que é realmente nosso
nunca se vai para sempre..." Autor desconhecido






PAUSA!!!








“Magoa-me a saudade
do sobressalto dos corpos
ferindo-se de ternura
sói-me a distante lembrança
do teu vestido
caindo aos nossos pés

Magoa-me a saudade
do tempo em que te habitava
como o sal ocupa
o mar
como a luz recolhendo-se
nas pupilas desatentas

Seja eu de
novo a tua sombra, teu desejo,
tua noite sem remédio
tua virtude, tua
carência
eu
que longe de ti sou fraco
eu
que já fui água, seiva
vegetal
sou agora gota trémula, raiz exposta

Traz
de novo, meu
amor,
a transparência da água
dá ocupação à minha ternura vadia
mergulha os teus dedos
no feitiço do meu peito
e espanta na gruta
funda de mim
os animais que atormentam o meu sono” Mia Couto







PAUSA!!!












“A hundred days have made me older
Since the last time that I saw your pretty face
A thousand lies have made me colder
And I don't think I can look at this the same
But all the miles that separate
Disappear now when I'm dreaming of your face

I'm here without you baby
But you're still on my lonely mind
I think about you baby
And I dream about you all the time
I'm here without you baby
But you're still with me in my dreams
And tonight it's only you and me

The miles just keep rollin'
As the people leave their way to say hello
I've heard this life is overrated
But I hope that it gets better as we go

I'm here without you baby
But you're still on my lonely mind
I think about you baby
And I dream about you all the time
I'm here without you baby
But you're still with me in my dreams
And tonight girl its only you and me

Everything I know, and anywhere I go
It gets hard but it wont take away my love
And when the last one falls
When it's all said and done
It gets hard but it wont take away my love

I'm here without you baby
But you're still on my lonely mind
I think about you baby
And I dream about you all the time
I'm here without you baby
But you're still with me in my dreams
And tonight girl its only you and me” 3 Doors Down cantam Here Without You





E para acabar em beleza... (e esperando acabar com a porra dos posts melancólicos que tenho tido nos últimos dias... sim… definitivamente vou parar um pouco… PAUSA!!! para te merecer e para me merecer…)






“Encosta-te a mim,
nós já vivemos cem mil anos
encosta-te a mim,
talvez eu esteja a exagerar
encosta-te a mim,
dá cabo dos teus desenganos
não queiras ver quem eu não sou,
deixa-me chegar.
Chegado da guerra, fiz tudo p´ra sobreviver
em nome da terra, no fundo p´ra te merecer
recebe-me bem, não desencantes os meus passos
faz de mim o teu herói, não quero adormecer.

Tudo o que eu vi,
estou a partilhar contigo
o que não vivi, hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim.

Encosta-te a mim,
desatinamos tantas vezes
vizinha de mim, deixa ser meu o teu quintal
recebe esta pomba que não está armadilhada
foi comprada, foi roubada, seja como for.

Eu venho do nada, porque arrasei o que não quis
em nome da estrada, onde só quero ser feliz
enrosca-te a mim, vai desarmar a flor queimada
vai beijar o homem-bomba, quero adormecer.

Tudo o que eu vi,
estou a partilhar contigo o que não vivi,
um dia hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim” Jorge Palma canta Encosta-te a mim





Este vídeo é para ti (menina mulher que AMO) … mas também é para ti (que és meu amigo, minha amiga) … e para ti (que lés este blog) …





OBRIGADO

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

O Silêncio de um Beijo… (Gritos Mudos: Bandemónio Revisitados)

Já passou tanto tempo, tantas águas desde as minhas viagens… Tanto tempo que parei entre silêncios e momentos de pura intimidade neste palco da vida… Tanta coisa se passou e em ti eu encontrei a minha luz…

Lembro-me do nosso último momento ontem e não quero que ele acabe mais, pois já vai alta a noite, vejo o negro do céu, deitado na areia, o teu corpo e o meu. Viajo com as mãos por entre as montanhas e os rios, e sinto nos meus lábios os teus doces e frios.

E voas sobre o mar, com as asas que eu te dou, e dizes-me a cantar: "É assim que eu sou", olhar para ti e ver o que eu vejo, olhar-te nos olhos com olhares de desejo, olhar para ti e ver o que eu vejo, olhar-te nos olhos com olhares de desejo, eu não tenho nada mais p'ra te dar, esta vida são dois dias, e um é para acordar, das histórias de encantar, das histórias de encantar.

Viagens que se perdem no tempo, viagens sem princípio nem fim, beijos entregues ao vento, e amor em mares de cetim. Gestos que riscam o ar, e olhares que trazem solidão, pedras e praias e o céu a bailar, e os corpos que fogem do chão.

E voas sobre o mar, com as asas que eu te dou, e dizes-me a cantar: "É assim que eu sou", olhar para ti e ver o que eu vejo, olhar-te nos olhos com olhares de desejo, olhar para ti e ver o que eu vejo, olhar-te nos olhos com olhares de desejo, eu não tenho nada mais p'ra te dar, esta vida são dois dias, e um é para acordar, das histórias de encantar, das histórias de encantar.

Mas de repente esqueço-me num momento e chamo-te uma vez mais de amor, e tu ficas estagnada a olhar para mim, pois já não gostas dessa palavra dita pela a minha pessoa, mas a mesma sai-me involuntariamente, pois amo-te e quero-te uma vez mais e para todo o sempre.

Assim para mim o amor… é essa palavra que me mata me corta (como uma faca) me deixa no chão, como um cão nu sem sossego, como o prazer que te nego. Dor, cativa, privada, bruma que te cobre o corpo de fada, sonho, distante na mente e de repente, saber que se está só.

É duro, é puro, o futuro, sempre presente como o céu na tua frente pintado, queimado, vazio assumido um corpo triste despido e uma mão que se estende, depende, de quem vier e é mesmo assim que se quer. Longe ou perto, tudo é deserto. Tudo é montanha que te arranha a alma com fúria, com calma…

É preciso ter calma. Não dar o corpo pela alma

Pois vês o passado dorido, ferido, agora tudo te é querido. Memória, vitória, não é esta a tua história. (…) Perdoa se não sei que fazer, Mas sei que deve doer, dá-me o teu olhar e eu dou-te o meu amor, e o beijo urgente, premente, esperança que não dorme, conforme, e dita o eu estar aqui. Amanhã, sei lá, para já o som da guitarra que me agarra, me prende, me solta, e a ti dá-te a volta, ao sorriso, tem calma...

É preciso ter calma. Não dar o corpo pela alma

Juízo, não tenho medo, não temo, só tremo de pensar... mas não penso, e tenso te faço viajar com a voz. Lembro Novembro passado quando os dias eram curtos e as noites de fado, rasgado, cantado, sentido. No Deus que criámos aprendemos a viver, de cor, meu amor, e agora, é hora, tudo fica por fazer, quero-te dizer mais uma vez que te amo, talvez, te quero, te espero e desespero por ti, e que isso só por si me chega p'ra viver, mesmo quando só houver...

Silêncio...

Imenso, e dor, e pior meu amor, a lembrança que descansa os olhos teus nos meus... Adeus.

É preciso ter calma. Não dar o corpo pela alma. É preciso ter calma. Não dar o corpo pela alma

É preciso ter calma. Mas eu não tenho… Pois nunca fui um herói, nunca soube voar, e por trás dos meus olhos uns olhos serenos de mar, que te vêem fundo no mundo e em todo o lugar.

Sou memória de ti, tu és poema e arara. Eu sou a sombra da fera que espera ou a voz do Guevara. Sou o silêncio que canto e te espanta e que nunca te agarra.

Deixa a minha mão, guiar o teu caminho, não é a solidão que faz um homem sozinho, é a paz na dor que sei de cor, e o teu sabor no céu que é meu, e onde grito:

Eu nunca te perdi, e nunca te deixei, eu nunca te esqueci, em ti eu repousei, eu nunca te perdi, e nunca te deixei, eu nunca te esqueci, por ti eu despertei. Eu nunca te perdi…

Mas estupidamente perdi…

E batem relógios no raiar dos dias, por cada batida novas fantasias. Loucas palavras, luzes cor de mel, ventos que trazem nuvens de papel. Diz-me o que hei-de eu fazer, sinto no tempo o meu tempo a morrer. Quanto mais longe, mais perto de ti.

Vozes ao longe chamam por mim, cantigas, magia, passos de arlequim. Estrelas cadentes na palma da mão, milagres, duendes, rasgos de paixão. Diz-me o que hei-de eu fazer, sinto no tempo o meu tempo a morrer. Quanto mais longe, mais perto de ti.

Ouço os segredos do fundo do mar, barcos perdidos, sereias a cantar. Trago o teu nome escrito no peito, volta para mim, faz teu o meu leito. Diz-me o que hei-de eu fazer, sinto no tempo o meu tempo a morrer. Quanto mais, longe mais perto de ti. Mais perto de ti, mais perto de ti… mais perto de ti....

Mas não te vejo, não te sinto em mim e será que ainda me resta tempo contigo, ou já te levam balas de um qualquer inimigo. Será que soube dar-te tudo o que querias, ou deixei-me morrer lento, no lento morrer dos dias. Será que fiz tudo que podia fazer, ou fui mais um cobarde, não quis ver sofrer. Será que lá longe ainda o céu é azul, ou já o negro cinzento confunde Norte com Sul.

Será que a tua pele ainda é macia, ou é a mão que me treme, sem ardor nem magia. Será que ainda te posso valer, ou já a noite descobre a dor que encobre o prazer. Será que é de febre este fogo, este grito cruel que da lebre faz lobo. Será que amanhã ainda existe para ti, ou ao ver-te nos olhos te beijei e morri. Será que lá fora os carros passam ainda, ou as estrelas caíram e qualquer sorte é bem-vinda. Será que a cidade ainda está como dantes ou cantam fantasmas e bailam gigantes. Será que o sol se põe do lado do mar, ou a luz que me agarra é sombra de luar. Será que as casas cantam e as pedras do chão, ou calou-se a montanha, rendeu-se o vulcão.

Será que sabes que hoje é Domingo, ou os dias não passam, são anjos caindo. Será que me consegues ouvir ou é tempo que pedes quando tentas sorrir. Será que sabes que te trago na voz, que o teu mundo é o meu mundo e foi feito por nós. Será que te lembras da cor do olhar quando juntos a noite não quer acabar. Será que sentes esta mão que te agarra que te prende com a força do mar contra a barra. Será que consegues ouvir-me dizer que te amo tanto quanto noutro dia qualquer.

Eu sei que tu estarás sempre por mim, não há noite sem dia, nem dia sem fim. Eu sei que me queres, e me amas também, me desejas agora como nunca ninguém. Não partas então, não me deixes sozinho, vou beijar o teu chão e chorar o caminho. Será… Será… Será!

Não sei, mas não posso deixar que te leve o castigo da ausência, vou ficar a esperar e vais ver-me lutar para que esse mar não nos vença. Não posso pensar que esta noite adormeço sozinho, vou ficar a escrever, e talvez vá vencer o teu longo caminho. Quero que saibas que sem ti não há lua, nem as árvores crescem, ou as mãos amanhecem entre as sombras da rua. Leva os meus braços, esconde-te em mim, que a dor do silêncio, contigo eu venço num beijo assim.

Não posso deixar de sentir-te na memória das mãos, vou ficar a despir-te, e talvez ouça rir-te nas paredes, no chão. Não posso mentir que as lágrimas são saudades do beijo, vou ficar mais despido que um corpo vencido, perdido em desejo.

Quero que saibas que sem ti não há lua, nem as árvores crescem, ou as mãos amanhecem entre as sombras da rua. Leva os meus braços, esconde-te em mim, que a dor do silêncio, contigo eu venço num beijo assim.

Vem, e deita-te em mim, descobre onde estás, escuta o silêncio, que o meu corpo te traz. Não me deixes partir, não me deixes voar, como um pássaro louco, como a espuma do mar. Sente a força da noite como facas no peito, como estrelas caídas que te cobrem o leito. Tenho tantos segredos que te quero contar e uma noite não chega, diz que podes ficar.

Dá-me o tempo, dá-me a paz, viver por ti não é demais. Dá-me o vento, dá-me a voz, viver por ti, morrer por nós. Enfim nós os dois, os teus gestos nos meus, perdidos no quarto sem dizermos adeus. Adiamos a noite, balançamos parados, pela última vez os nossos corpos colados. Sente a força que temos quando estamos assim, um segundo é o mundo que nos separa do fim.

Porque tens de partir quando há tanto a dizer? Eu não sei começar, não te quero perder.

Mas então deixei as palavras devorar-me os segredos, abracei a cidade e prendi-a entre os dedos. Cansei-me das ruas, das luzes de prata, escondi-me nas portas em vertigens de faca. Abri as janelas sobre praças divinas, e fechei-te nos braços sob a luz das cortinas. Mergulhei no abismo de um olhar tão urgente, e beijei-te sem pressa pedindo-te o sempre.

A vida é só este espaço vazio, um instante demente entre as margens de um rio. Pedaço de tempo, mentiras eternas, uma névoa de gente de esperanças pequenas.

Foi então que sonhei que não tinhas partido, que as mãos eram céu e as noites comigo. Acordei num abraço sereno de ti, e foi preso no nada que no sonho morri. Disseste que o quarto te fugia das mãos, eu perdi-me no medo que tivesses razão.

Mata-me a saudade, agarra-me para sempre… A vida é só este espaço vazio, um instante demente entre as margens de um rio. Pedaço de tempo, mentiras eternas, uma névoa de gente de esperanças pequenas. E no meu sonho eu te vejo onde a noite não tem braços que te impeçam de partir, nas sombras do meu quarto há mil sonhos por cumprir.

Não sei quanto tempo fomos, nem sei se te trago em mim, sei do vento onde te invento, assim. Não sei se é luz da manhã, nem sei o que resta em nós, sei das ruas que corremos sós, porque tu, deixas em mim tanto de ti, matam-me os dias, as mãos vazias de ti.

A estrada ainda é longa, cem quilómetros de chão, quando a espera não tem fim, há distâncias sem perdão. Não sei quanto tempo fomos, nem sei se te trago em mim, sei do vento onde te invento, assim. Não sei se é luz da manhã, nem sei o que resta em nós, sei das ruas que corremos sós, porque tu, deixas em mim tanto de ti, matam-me os dias, as mãos vazias de ti.

Navegas escondida, perdes nas mãos o meu corpo, beijas-me um sopro de vida, como um barco abraça o porto. Porque tu, deixas em mim tanto de ti, matam-me os dias, as mãos vazias de ti.

Gostava que navegasses para mim, só para poder dizer… Quando veio, mostrou-me as mãos vazias, as mãos como os meus dias, tão leves e banais. E pediu-me que lhe levasse o medo, eu disse-lhe um segredo: "Não partas nunca mais". E dançou, rodou no chão molhado, num beijo apertado de barco contra o cais.

E uma asa voa a cada beijo teu, esta noite sou dono do céu, e eu não sei quem te perdeu. Abraçou-me como se abraça o tempo, a vida num momento em gestos nunca iguais. E parou, cantou contra o meu peito, num beijo imperfeito roubado nos umbrais. E partiu, sem me dizer o nome, levando-me o perfume de tantas noites mais.

E uma asa voa a cada beijo teu, esta noite sou dono do céu, e eu não sei quem te perdeu… Mas afinal … Afinal fui eu quem te perdeu, mas ainda gosto de ti como quem gosta do sábado, gosto de ti como quem abraça o fogo, gosto de ti como quem vence o espaço, como quem abre o regaço, como quem salta o vazio, um barco aporta no rio, um homem morre no esforço, sete colinas no dorso e uma cidade p’ra mim.

Gosto de ti como quem mata o degredo, gosto de ti como quem finta o futuro, gosto de ti como quem diz não ter medo, como quem mente em segredo, como quem baila na estrada, vestido feito de nada, as mãos fartas do corpo, um beijo louco no porto e uma cidade p’ra ti. E enquanto não há amanhã, ilumina-me, ilumina-me. Enquanto não há amanhã, ilumina-me, ilumina-me.

Gosto de ti como uma estrela no dia, gosto de ti quando uma nuvem começa, gosto de ti quando o teu corpo pedia, quando nas mãos me ardia, como silêncio na guerra, beijos de luz e de terra, e num passado imperfeito, um fogo farto no peito e um mundo longe de nós.

Enquanto não há amanhã, ilumina-me, ilumina-me. Enquanto não há amanhã, ilumina-me, ilumina-me. Vem… Vem iluminar-me amor, pois eu tenho o tempo, tu tens o chão, tens as palavras entre a luz e a escuridão. Eu tenho a noite, e tu tens a dor, tens o silêncio que por dentro sei de cor.

E eu, e tu, perdidos e sós, amantes distantes, que nunca caiam as pontes entre nós.
Eu tenho o medo, tu tens a paz, tens a loucura que a manhã ainda te traz. Eu tenho a terra, tu tens as mãos, tens o desejo que bata em nós um coração.

E eu, e tu, perdidos e sós, amantes distantes, que nunca caiam as pontes entre nós.

Silêncio…

Silêncio pois não posso deixar que te leve o castigo da ausência, vou ficar a esperar e vais ver-me lutar para que esse mar não nos vença. Não posso pensar que esta noite adormeço sozinho, vou ficar a escrever, e talvez vá vencer o teu longo caminho. Quero que saibas que sem ti não há lua, nem as árvores crescem, ou as mãos amanhecem entre as sombras da rua. Leva os meus braços, esconde-te em mim, que a dor do silêncio, contigo eu venço num beijo assim.

Não posso deixar de sentir-te na memória das mãos, vou ficar a despir-te, e talvez ouça rir-te nas paredes, no chão. Não posso mentir que as lágrimas são saudades do beijo, vou ficar mais despido que um corpo vencido, perdido em desejo.

Quero que saibas que sem ti não há lua, nem as árvores crescem, ou as mãos amanhecem entre as sombras da rua. Leva os meus braços, esconde-te em mim, que a dor do silêncio, contigo eu venço num beijo assim…

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

...

Eu sei que não vais ler isto… eu sei que há muito que não me lês, ou se o fazes é em segredo… incógnita… distante… mas não importa, tenho que to dizer…

Não estou bem, preciso de ti, aquilo que aconteceu no Sábado, não foi acaso, o que senti e sei que sentiste também não foi ilusão… Não te peço para voltar, quero-o, mas não te peço… não depois de tudo…

Mas ainda preciso de ti… não durmo há muito tempo, sinto a tua falta… estou a dar cabo de mim… mas não importa… eu sobrevivo… não estou a pedir nada… nem o vou fazer… é só um desabafo… eu sei que estamos melhor assim… ou talvez não… falo por mim é claro…

Mas isto passa… têm que passar… não importa… Gostava que viesses até mim, que o amor fosse suficiente… mas não é né… não importa mais agora… Não ligues foi só um desabafo…

Amo-te…

Um beijo…

Adeus…

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Estranha forma de amar...


Assim, acordei hoje... e assim vou ficar para toda a eternidade...

Não, não me intérpretes mal... O vazio, a ausência, a falta do teu corpo ao meu lado não implicam que não irei amar novamente, não... tenho muito amor ainda para dar...

O que implica é que é o fim do sonho... o adeus a nossa casa... a nossa cama... ao teu sorriso... ao teu toque... enfim... Adeus a ti...

Há pouco li um texto feito por alguém que se intitula apenas Cobra... passo a citar:


"Dizias amar-me. Estranha forma de amar, feita de ausência, de fuga, de
esquecimento. A recordação do sabor do teu corpo impedia-me de adormecer.

Tentei recordar o tempo em que fomos felizes mas só a tristeza, a angústia do amanhã, permaneciam. Tornava-se dolorosa a tua indiferença; a tua necessidade de carinho, beijos e abraços; o teu amor tranquilo.

Mas vivo de paixões. Sinto o amor com mesma intensidade do dia em que nos apaixonamos.

“É urgente, o amor”, disse o poeta.

Já não me restam lágrimas.
Gastou-as o tempo.

É no desejo satisfeito que me esqueço do mundo, que me esqueço de mim. Sinto uma tranquilidade infinita, uma leveza física, uma paz de outra forma inatingível. O que o amor tem de melhor é o torpor do depois: Os dois corpos abraçados, quentes, satisfeitos, felizes, pacíficos.

Esqueço as ideias, os sonhos, os fantasmas que me atormentam. Olvido as
frustrações, as derrotas, o desprezo que me sinto. Será preciso gostar de mim
para alguém gostar também? Não creio.

Já não sei se acredito no amor. Parece um jogo que não gosto de jogar. Uma estratégia de consolo, quando acredito na espontaneidade.

O amor não se pensa, age por si próprio. E quando ausente, morre um pouco todos os dias.

O amor é apenas o caminho para um final amargo."

Lembrei-me de ti, de nós e do que poderíamos ter alcançado, em vão, pois hoje ao acordar a cama ainda estava vazia, os restos da tua presença dissipam-se a olhos vistos... e eu... e eu aqui... ainda a esperar por ti... ainda a amar-te como nunca amei outra mulher...

Não importa mais... hoje vou sair da nossa casa... vou dizer adeus a nossa história, em mim fica apenas a recordação do tempo que te vivi e que fui feliz... Podia ter sido diferente, mas não foi, e desta vez não há volta a trás... Fica a penas com o conhecimento que te amei e que sim... mesmo que não pareça fui muito feliz ao teu lado...

Para já e para mim, é o adeus a terra que chamei de minha neste ultimo ano, é o voltar a casa, mas não de cariz baixo, voltar de cabeça erguida pois tudo o que vivi amei... e aprendi... vá chega de parvoíces... toca a seguir em frente... O passado é passado e o futuro é ainda um país por descobrir...


"O destino não é uma questão de chance;
é uma questão de escolha.
Não é algo para ser esperado;
é algo para ser alcançado."


sábado, 16 de fevereiro de 2008

Ecos do Silencio…

Hoje tive uma notícia de que uma nova vida nasceu, a irmã da minha ex-companheira teve a sua criança hoje. Fiquei contente sabem, a vinda ao mundo de uma criança é sempre um motivo de alegria, apenas o que me entristeceu é que não é minha…

Sim, sei que não está na hora, que não estava na hora na altura, mas ainda assim parte de mim rejeita essa ideia. Pois com o que se passou hoje… nada de mais… apenas fragmentos do que foi… ainda me magoa mais a ideia, as vezes ainda preciso de ti ao meu lado, e por muito que esteja bem neste momento, não é a mesma coisa.

Hoje ao olhar nos teus olhos, senti-me em casa, senti-me bem… para depois… depois o vazio voltar a entrar em mim….Sim, eu sei que o que foi não volta a ser mais… seria parvo se isso acontece-se, mas ainda assim… ainda te quero, ainda te desejo…

E sim, hoje mudei a minha última recordação que trazia de ti, mas muito sinceramente não sei se foi o melhor que podia ter acontecido. Amei o momento, como ainda te amo a ti… foi… nem tenho palavras…

Sei, lá, tanta coisa hoje já se passou na minha cabeça… tanta vida vivida, tanto tempo desperdiçado com ninharias, tantos erros repetidos, tanta dor, tanta raiva presa… e no fim… tanto amor, e pior… tanto silencio…

É o pior, o silencio…

Esse silencio fala mais do que eu quero… fala o que sinto… derrota-me através do olhar… e pior ainda diz o quanto te amo… e magoa-me com isso…

O silencio…




Quem me dera poder conhecer
Esse silêncio que trazes em ti,
Quem me dera poder encontrar
O silêncio que trazes por mim.
Pelo silêncio se mata,
Por silêncio se morre,
Tens o meu sangue nas veias,
Será que é por mim que ele corre?

Somos dois estranhos
Perdidos na paz,
Em busca de silêncio
Sozinhos demais,
Somos dois momentos,
Somos doi
s momentos,
Dois ventos cansados,
Em busca da memória
De tempos passados.

Silêncio é este espaço que há em mim,
Onde me escondo para chorar e ser chorado,
É o pincel que se desfaz na tua boca,
Em qualquer doca do teu seio decotado.


E pior meu amor… e pior… pois sei que a nossa era já acabou… sei que já não há volta a dar no tempo… sei tanto que não sei nada, sabes, é aquela coisa de que tenho tanto para te dizer, mas não tenho como, as palavras não me saem, o tempo de as dizer já passou… tudo o que eventualmente ainda queira fazer contigo vou ter que descartar essa ideia… é seguir em frente, mudar a roupa, mudar as fotos, mudar a vida… e agora…




e agora, é hora,
tudo fica por fazer,
quero-te dizer mais uma vez
que te amo, talvez, te quero,
te espero e desespero por ti,
e que isso só por si
me chega p'ra viver,
mesmo quando só houver...
silêncio...
imenso,
e dor, e pior meu amor,
a lembrança que descansa
os olhos teus nos meus...
Adeus.





Adeus...






Um ultimo beijo meu amor...



(Não posso deixar que te leve
O castigo da ausência,
Vou ficar a esperar e vais ver-me lutar
Para que esse mar não nos vença.
Não posso pensar que esta noite
Adormeço sozinho,
Vou ficar a escrever,
E talvez vá vencer
O teu longo caminho.

Quero que saibas
Que sem ti não há lua,
Nem as árvores crescem,
Ou as mãos amanhecem
Entre as sombras da rua.

Leva os meus braços,
Esconde-te em mim,
Que a dor do silêncio X 2
Contigo eu venço
Num beijo assim.

Não posso deixar de sentir-te
Na memória das mãos,
Vou ficar a despir-te,
E talvez ouça rir-te
Nas paredes, no chão.
Não posso mentir que as lágrimas
São saudades do beijo,
Vou ficar mais despido
Que um corpo vencido,
Perdido em desejo.

Quero que saibas
Que sem ti não há lua,
Nem as árvores crescem,
Ou as mãos amanhecem
Entre as sombras da rua.

Leva os meus braços,
Esconde-te em mim,
Que a dor do silêncio X 2
Contigo eu venço
Num beijo assim.)


sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Sinto a falta de ti, bebé...

Hoje não estou em mim, alias estou assim desde ontem… No momento em que estava a começar a recompor a minha vida, o meu espírito, algo tinha que me trazer de volta a terra… e então…

A sério, nem sei o porque de ter ficado assim, talvez algo que tenha visto, ou ouvido… algo que não dei importância… algo que não dou importância… mas no final da noite o vazio instalou-se em mim…

Mas ontem foi demais, e hoje estou a ir pelo mesmo caminho… apetecia-me adormecer contigo enroscada a mim enquanto eu te fazia festinhas na cabeça… apetecia-me poder te pegar ao colo e apertar contra mim…

Já lá vai tanto tempo, e ainda me lembro de me acordares quando tinhas fome, e de quando te agarravas a minha perna quando eu de manha ia para o trabalho porque não querias ficar fria…

Estou a tempo demais sem ti, e ta a custar-me tanto… Nunca te esqueças bebé, sempre serei o teu pai… E por muito que as coisas não tenham dado certo com a tua mãe, eu vou sempre te amar muito…



Jinhos Gandes e com muitas saudades Titas do pai…

Amotu!!!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Apenas fecha os olhos...

Deceived by my eyes and all I was told I should see
Opinions not mine, the person they taught me to be
One night in the dark, a vision of someone I knew
And in the darkness I saw, a voice say, I'm you.
Inside me a light was turned on Then I was alive

If you close your eyes your life, a naked truth revealed
Dreams you never lived, and scars never healed
In the darkness, light will take you to the other side
and find me waiting there you'll see, if you just close your eyes

Hearts uninspired, trapped inside somebody's dream
Too close to the fire, yet cold and numb with the pain
But the fever has broken, and the river has run to the sea
Washed to the ocean, and saved by a voice inside me.
Inside me a light was turned on Then I was alive

If you close your eyes your life, a naked truth revealed
Dreams you never lived, and scars never healed
In the darkness, light will take you to the other side
and find me waiting there you'll see, if you just close your eyes

Never thought I would be here, so high in the air
This is my unanswered prayer
Defined by another, so much wasted time
Out of the darkness, each breath that I take will be mine

If you close your eyes your life, a naked truth revealed
Dreams you never lived, and scars never healed
In the darkness, light will take you to the other side
and find me waiting there you'll see, if you just close your eyes

If you just close your eyes


sábado, 9 de fevereiro de 2008

Obrigado… A ti… Tu que estás lá sempre para mim…

....::: Anjos e Demónios? :::....



Há quem acredite na existência de tais criaturas a coabitar o “nosso” meio, eu para já acredito, mas sim… como a maioria dos meus leitores habituais sabem, não sou religioso… ou serei… é uma questão de ponto de vista, mas se me perguntarem se eu acredito na Igreja tal e qual como esta constitucionalizada ai levam logo de imediato um grande não.

Mas o que não implica que não acredito que existe uma força (ou forças) superior (s), e uma das coisas que a minha mãe sempre me instruiu foi o conhecimento de todas as religiões para que eu pudesse ter o poder de escolha… coisa que a maioria não possui e eu discordo completamente.

Vá, quanto ao nosso assunto de hoje é um pouco mais complicado, muito devido ao facto de a existência desses seres implicar a existência de muitas outras situações desconhecidas… e como qualquer humano que tenha o mínimo conhecimento da própria raça sabe que o desconhecido é um enorme mote para os mais diversos medos…

Sim eu acredito que eles existem… alias EU sei que eles existem…, e internem-me num asilo por dizer isto se quiserem, mas efectivamente já tive mil e uma provas de que eles existem, já os vi…, já os senti…, já os ouvi… e já fui tocado por anjos (e demónios). E quem pode dizer que numa situação de aflição nunca sentiu um arrepio na espinha e uma paz interior depois desse arrepio. Acho que ninguém… mas por vezes não é assim, por vezes é o contrário, quem nunca sentiu uma raiva tão grande e um desejo de fazer mal a alguém… e uns tempos depois saber que isso efectivamente aconteceu?

Pois isso é o bom e o mau que existem nos nossos corações, isso é a chave para desvendar os segredos dos anjos e dos demónios, é o nosso katra… karma… espírito… alma… shi… como quiserem chamar… mas essa nossa energia interior é o portal para quebrar as barreiras dimensionais e libertar e invocar essas forças…

E sim, no decorrer desta minha existência já conheci pessoas banhadas com o poder de invocar tais forças, contudo por norma estão vocacionadas para uma das vertentes… o bem ou o mal, a luz ou a escuridão… mas em alguns casos… raros, essa pessoa tem controle sobre os dois lado…



Mas será que tem esse controle? Ou um dos lados mais cedo ou mais tarde irá se evidenciar e consumir o outro… Pois esse é o grande dilema… e sim, não irei falar disso aqui e agora porque efectivamente não sei a resposta…

Alias há tanta coisa que eu não sei… mas é bom… pois se tivéssemos todas as resposta nada do que é feito teria gosto…

Enfim, voltando ao ponto crucial, quero te agradecer… a ti… por me teres tocado… por te teres mostrado a mim, pois eu que passava tantas vezes por ti não te conseguia ver… e nestes últimos dias abriste-me a tua luz e tas a ajudar-me a readquirir a minha. E não sabes o quando me acalmas quando estou sozinho ou em baixo ou mais cansado, eu consigo sentir o teu toque na minha face, seguido daquele arrepio eléctrico que sinto.

E eu pensava que já tinha perdido todo o meu poder de sentir, toda a minha essência, pois quis voar sozinho, e afastei-me da minha guia, da presença que me ajudava a não ter medo do escuro, pois pensei que era o suficientemente forte para entrar para o outro lado e descobrir os seus segredos sozinho… E o resultado não foi dos melhores… muito pelo contrario… ainda estou embarcado na escuridão, e só agora é que estou a reconhecer a ver a luz outra vez…

E por muito que não gosto de admitir há pessoas que trabalham com forças que enfim… nem vou comentar… porque sei que há muita maldade, e sei também que estão a ler isto… e sinceramente nem me importa… já não estou sozinho como pensava… alias nunca estive, tiveste sempre lá, primeiro através de ti, meu outro lado, e agora através de outro alguém…

Obrigado… por tudo, por olhares por mim… por reparares o que mais ninguém reparou, mas enfim, ao fim de tantos anos (já perdi a conta de quantas vidas já se passaram) a “aturar-me” é normal que saibas mais de mim do que eu…

Obrigado… por não desistires, mesmo quando eu faço exactamente o oposto do que me aconselhas te por teimosia, e tu própria ficas fula o suficiente que só te apetece apertar-me o pescoço…

Obrigado, pelas vezes que me salvas-te do mundo e de mim mesmo…

A sério… Obrigado…


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

O que resta de mim ..

Hoje decidi fazer algo novo:

Decidi ouvir o som abafado
Do meu sussurro
E entender que algumas coisas são inexplicáveis
E permanecerão, para sempre, imutáveis.
O meu coração rendeu-se ao silêncio
E pude perceber que há, também, muitas outras coisas
Que podem ser lançadas no mar do esquecimento
E essa atitude mudar definitivamente...
A história da minha vida
Olhei-me atentamente pela primeira vez
E vi-me como realmente sou...
Olhei-me sem hipocrisia...
Sem máscaras...
Sem desculpas...
Desnudei-me de mim mesmo...
O meu coração guiou-me a um encontro
Com a minha humanidade
Pude perceber que tornar-me humano
Significa reconhecer que não sou perfeito
Que sou passível de errar
Que não preciso ter todas as respostas
Percebi que tenho deficiências
Áreas de sombra...
Desejos ocultos...
Fraquezas que não podem ser confessadas
Rasguei-me, por dentro, ao confrontar-me;
Com minha humanidade
Percebi que viver no contexto da humanidade
Significa considerar-se infalível
Ser cheio de arrogância
Achar-se acima do bem e do mal
Ser intolerante
Julgar as pessoas pelas suas falhas...
Não ser compassivo...
Chegar ao extremo na busca pela perfeição.
Que alto preço a de se pagar!
Entretanto, não abro mais a mão da minha humanidade.
Cometerei erros, terei decepções, sofrerei;
Mas, também serei mais tolerante, menos arrogante...
Mais compreensivo...
E saberei amar de uma maneira plena,
Livre de pré-conceitos e preconceitos...
Essa será a minha eterna busca:


Morrer para mim mesmo e renascer, mais humano, a cada novo dia!

sábado, 2 de fevereiro de 2008

O Mesmo Velho Mundo…

Não...
Ainda não voltei de vez... estou aqui momentaneamente, para retirar o meu ultimo post da vista de toda a gente… não faz sentido o mesmo estar aqui, pois a minha raiva e frustração já passaram. Quero também pedir desculpa aos leitores que eventualmente se possam ter sentido ofendidos por o que eu escrevi… mas muito sinceramente estou me pouco a importar com isso, uma vez que foi um daqueles posts feitos de raiva e não editados, foi o que eu senti na altura, e como tal, foi o que publiquei. Quem gosta, gosta, quem não gostou, temos pena… eu sou assim, eu escrevo assim… no blog e no livro da vida.

Sim, ainda continuo egocêntrico, contudo muito mais controlado, já sei que o mundo não me pertence, mas sim o contrario… eu é que pertenço ao mundo… e por varias vicissitudes da vida tenho marcas em mim que me provaram que afinal o meu belo, lindo, majestoso umbigo não é o centro do universo… e posso até não gostar dessa situação, mas estou a aprender a viver com ela, se bem que após 28 anos de existência a crer que eu era o centro do universo, agora ser chamado para a cruel realidade que apenas sou uma gotícula de agua num vasto oceano, por vezes ainda me faz tremer…

Mas hei… é assim que se aprende, e like my old mom say’s… “Não é por morrer uma andorinha que acaba a primavera” ou seja aquele grande mote de vida… “sempre que uma porta se fecha, abre-se uma janela…” da qual eu corrijo para “sempre que uma porta se fecha, abre-se uma janela de possibilidades, onde o céu é o limite” e como tal, hoje sei que não é por o meu mundo não ter dado certo que o mesmo acabou… não, não é isso que aconteceu, o que efectivamente ocorreu foi o fim de um ciclo, para dar inicio a uma nova vida, uma nova etapa… uma nova vida…

E por falar de coisas novas quero aproveitar para falar de uma coisa velha… sim, reabri a minha loja/jornal online de jogos… a Dark Side: O Sitio dos teus jogos favoritos… após quatro anos fechado… Eu, o Galvas (parcialmente) o Bruno e com a adição do Diogo, decidimos reabrir a mesma uma vez que no panorama dos jogos neste momento não existe nada em Portugal similar… por isso, assim que acabemos todos os preparativos (uma vez que ainda esta numa fase muito embrionária) iremos informar o mundo do renascimento (das cinzas como uma Fénix) da D.S.: O Sitio, mas para todos os cuscos podem desde já verem os progressos em http://ositio.wordpress.com/.


Mas vá… chega de conversa pois é hora de voltar para o meu retiro sabático, mas antes vou-vos deixar como musica o meu actual estado de espírito que é mais do que auto explicativo… a musica é dos Fingertips e o seu nome é o nome deste post em Inglês…


What if i could tell the world it’s slowly fading?
What if i could tell the world your name?
What if i could pretend i’m fine so not to ask what's wrong?

And it’s the end of everything
And it’s the end of our will to share
The end of our
The end of our
lies

‘cause it’s the same old story
And the same old game
We played
‘cause it’s the same old story
And the same old game
We played

What if i could tell your father you’re a failure?
What if we learn how to fight our nature?
What if i could just forget oh, what’s so wrong with that?

And it’s the end of our day
And there are no more delicate words left to say
It’s the end of our
the end of our lies

‘cause it’s the same old story
And the same old game
We played
‘cause it’s the same old story
And the same old game
We played

‘cause it’s the same old story
And the same old game
We played
‘cause it’s the same old story
And the same old game
We played

‘cause it’s the same old story
And the same old game
We played
‘cause it’s the same old story
And the same old game
We played

‘cause it’s really time to go
You know that we won’t meet again
‘cause it’s really time to go
You know that we won’t meet again



Bem, agora sim, é um até… quando for… mas quero agradecer a todos os meus amigos (os novos e os velhos) pela força e ajuda que me tem dado… e sim, sei que muitas vezes sou um amigo distante, mas é como eu sempre disse, não precisamos de estar todos os dias juntos, ou falarmos todos os dias pois não vamos deixar de estar lá uns para os outros quando é preciso (e mesmo quando não é preciso) … Vá, a gente vai-se falando…


Fui…
(again...)