segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Pedaços de uma Vida (Dis)funcional! Capítulo 2

E como hoje estou de chuva como o dia... e após os feedbacks positivos, vou hoje e para começar bem a semana lançar o segundo cápitulo da novela "Pedaços de uma Vida (Dis)funcional!", espero que gostem tanto quanto eu gostei de a escrever.



Pedaços de uma Vida (Dis)funcional!




por Hugo MG Ferreira

Capitulo 2

"Acalma-te Carlos"




O silêncio que pairou depois do meu "Confias em mim?" gelou-me a alma.

Logo a Alexandra olhou para mim, e sorriu "Claro que sim Carlos, por isso é que larguei o meu marido e estou a viver contigo faz dois anos."; seguindo por um breve suspiro, "Mas isso não invalida que eu saiba a merda que podes ser, e que não és."

Agora tramou-me, não sei o que responder perante isto, mas ela deve de se ter apercebido da minha dificuldade técnica e continua, "Carlos, tens a certeza que não queres falar? Eu não me irei embora pelo que me disseres, eu não vou pegar na menina e desaparecer da tua vida. Sabes que somos os dois adultos e que podemos resolver isto?".

As palavras não me saíram, tudo o que eu conseguia transmitir era um mar de lágrimas a escorrer pela minha face. Ela agarra-me contra ela, num abraço apertado, que ao invés de me aliviar apenas estava a fazer com que os sentimentos viessem mais a tona.

"...desculpa..." disse eu entre grunhidos e sorveduras de ranho. Ela afasta-se e vai-me buscar um rolo de papel higiénico, pois deve de ter temido que um pacote de lenços não seria suficiente.

Uns minutos depois, lá consegui acalmar, mas isso não quer dizer que eu já tenha conseguido falar com a Alexandra o que se passava na minha cabeça, pois nem eu sabia o que se passava.

Sim, eu sou feliz com ela, amo a vida que tenho, amo a minha pequenina Alice, e tudo o que construímos e sei muito bem tudo o que ela prescindiu para vir viver comigo, afinal, ela tinha um casamento estável com o Telmo, um homem abastado que lhe dava tudo o que ela precisava, e enfim, nem sei o que lhe passou pela cabeça para ela largar tudo e vir para mim.

De resto, a Nádia, bem ela é a mãe dos meus dois primeiros filhos, tivemos uma vida a dois durante quase 20 anos, e sim ainda a amo, mas admito a Nádia mete-me medo, pois os seus ataques psicóticos assustam-me e o facto de ela não ter desistido de me procurar a cada vez que eu mudava de casa para que ela não soube-se onde estou, e nem depois de lhe ter posto a ordem de restrição a fez desistir de mim.

Isso assusta-me, mas porra, sou humano apenas, e ela conhece-me melhor que ninguém e aquele momento de fraqueza quando estávamos a falar dos problemas recentes do Paulo, o nosso filho mais velho, bem, isso levou a uma noite escaldante a dois, daquelas que já não tínhamos desde os nossos 20 aninhos.

Pois, depois disso foi mais uma vez, mais outra vez e a de ontem... Mas eu não quero voltar ao mesmo, eu estou aqui, e se ao menos eu me conseguisse controlar quando estou com ela. Foda-se não quero isto para mim, não quero voltar a acordar com uma mulher que faz com que eu sinta se irei acordar com uma faca no pescoço num dia e com beijos pelo corpo inteiro no outro a seguir, isso não é vida, não para mim.

Levanto-me da cama, olho mais uma vez para a Alexandra, vou ao quarto da menina que ainda está toda entretida a brincar com as coisas novas, dou-lhe um beijo na testa, ela não me liga, pego no meu maço de cigarros, e murmuro «Já volto...» e não, não sei se volto, não sei para onde vou, apenas tenho que ir sair, apenas quero apanhar ar, apenas, apenas não sei. E com isso saio porta fora, entro no meu carro e arranco sem destino...

* * * *

Nádia estava em casa, mais um dia de vida vazia pois há muito que se acostumou a não fazer nada, aliás, nunca conheceu outra vida, uma vez que nasceu num berço de ouro, ao ponto que a vida que fez com o Carlos um revés no status social que tinha, pois o Carlos era um homem do povo.

Nádia aproveita os seus dias a ler revistas sociais e a imaginar-se um dia de novo como capa das mesmas, sim, é uma pessoa fútil, mas orgulha-se dessa situação.

E hoje era um dia como tantos os outros para ela, e aliás tinha acabado de chamar Márcia, a sua serviçal já de anos para lhe trazer o seu belo chá quando Carlos entra de rompante em casa, pois sabe-se lá porque ele ainda mantinha as suas velhas chaves.

"Carlos, o que faz aqui?"; inquere Nádia com ar de espanto.

"Nada...", responde Carlos, até que Márcia intervém…

"Menino Carlos, tem aqui um copo de água, pois estou a ver que está a precisar.", e vira-se para a sua senhora, "Dona Nádia, peço-lhe desculpa, mas não a quis importunar com assuntos triviais e serviçais, mas eu chamei o menino Carlos para me ajudar a mudar duas lâmpadas da cozinha, pois a minha idade já não permite."

Sim, era mentira, mas se existe alguém que Márcia conhece bem, essa pessoa era Carlos, pois nos anos que ele esteve lá em casa ela o adoptou como filho.

Nádia responde-lhe com um abano de cabeça, fazendo lhe um sinal com a mão, como querendo dizer que o podia levar para a cozinha, mas ele virar costas em direção da cozinha, ela intervém "Carlos, antes de sair, venha até mim, pois temos um assunto para tratar.".

* * * *

Carlos gelou com esse comentário de Nádia, mas continuou em frente seguindo Márcia. Assim que chegados há cozinha, Carlos sussurra um obrigado, "Não tens de que filho, o que se passa contigo?".

Sem demoras lágrimas voltaram a verter na face de Carlos, e mais uma vez ele estava sem palavras para descrever o que se passava no seu interior, mesmo perante uma mulher que o sempre tratou como filho.

"Acalma-te Carlos, leva o tempo que precisares, pois sabes que enquanto estiveres na cozinha a Dona Nádia não virá ter contigo."; mas o pranto continuava, mesmo por entre golos de água, assoadelas e muita baba e ranho.

"Carlos, aqui tens o teu refúgio, filho conta-me lá o que se passa...".

E assim foi, Carlos respirou fundo, e começou a contar o que sentia ainda por Nádia, pelo Paulo e Inês, os seus dois filhos com ela, o que se estava a passar com a Alexandra e com a sua pequenina Alice, e os problemas que estava a ter no trabalho, a constante falta de dinheiro, e tudo o resto que se encontrava de pernas para o ar na sua vida.

Carlos falou, e falou, e continuou a falar durante mais de hora e meia, e mesmo sem ainda ter ouvido o que Márcia tinha para lhe dizer, estava-se a sentir aliviado, até ter reparado na cara de Márcia, "Menino Carlos, permite-me falar?".

"Márcia, não precisas de me tratar assim, tu sabes disso.".


"Não menino Carlos, agora vai ter de me ouvir...".




sábado, 5 de dezembro de 2015

Deambulações de um Tolo

Pois é, e lá estou eu a começar um texto com “pois”... Mas na realidade não faço mesmo ideia de como começar este texto, por isso fica assim porque o escritor sou eu. Há alguns dias que oiço um zunzum de que estou apaixonado... Epah, meus caros e minhas caras, sou um homem de paixões, apaixono-me por muita coisa, e diariamente se for necessário, e para ser o mais honesto e sincero possível, sim, neste preciso momento em que este texto está a sair dos meus dedos ao computador sem sequer estar a olhar para o ecrã, eu tenho que vos admitir uma coisa... É VERDADE... Estou mesmo apaixonado...

Mas se calhar, não é da forma como estão a pensar, ou se calhar até é pois não faço a mínima ideia do que vos passa pela alma, da minha sei eu. E é obvio que muitos dos que me estão a ler já repararam que sou presença assídua no blog/pagina “Não te apaixones”, e sim, estou completamente apaixonado por ele. Pela obra, pelos textos, sabem, aquilo foi amor há primeira vista...

Eu passo a contar, por um acaso do destino, deparei-me com o Não te Apaixones, e primeiro achei, bom, é mais uma das muitas paginas com textos, poemas ou citações que tanto habitam o facebook, mas decidi dar uma vista de olhos... E desde o primeiro instante fiquei fã, mais, até acho que lhe posso chamar de vicio, pois de quando a quando dou por mim a ver se existe alguma novidade para ler, e meus caros, caso não o conheçam, passem já por lá.

A serio, aquilo está escrito de uma maneira tão brilhante e fantástica que consegue prender os leitores pela honestidade de sentimentos como eu já não via (quer dizer... lia) há já algum tempo. E sim, uns dias depois de começar a ler, comecei a dar o meu arzinho de graça com comentários feitos em resposta ao texto, ao contrario dos tão habituais, “é tão bom”, “gostei tanto”, que desde já não deixam de ser validos, mas foda-se, como escritor, acho que tenho o direito de dar mais do que isso, afinal também gosto que o façam com os meus textos.

E enfim, aquilo correu bem, a autora dos textos até achou piada ao que eu lhe respondo/comento, e assim começou uma bonita (espero eu) simbiose de troca de textos e ideias. E não vou parar, porque equipa que ganha, não se mexe (espetáculo, até estou a usar referencias futebolistas que quem me conhece sabe que não percebo um cu!!!), mas vá, como estava a dizer, tenho a aprovação da escritora para usar o “Não te apaixones” como um refugio aqui do Skyclad, As Crónicas de um Tolo!!!, e vou continuar a fazer isso mesmo, ou pelo menos até que acabem as palavras...

De resto, sim, posso desde já admitir que conheço a escritora pessoalmente, e que sim, a miúda tem tudo para que eu me apaixone por ela, pois de não te apaixones ela só tem o blog/pagina. A serio, gosto imenso dela, tenho uma simpatia e um carinho astronómico por ela, e deixem-me desde já confidenciar que é mesmo uma miúda 5 estrelas, mas infelizmente não estou apaixonado por ela, nem vice-versa, e por muito romântico que isso fosse, lamentavelmente a vida real não é como nos textos que escrevemos, não se pode escolher, ou forçar ou qualquer outra coisa mesmo, pois são coisas que não se explicam, sentem-se... Mas se desse para escolher, bem... Isso iria dar muitas outras Crónicas…

Não obstante, espero que tenha ficado claro de onde vêm a minha súbita paixão e mudança de tonalidade nos posts. E não se esqueçam que se quiserem ficar tão apaixonados como eu fiquei, passem já hoje pelo “Não te apaixones” que não se irão arrepender...

PS: Se passarem, por lá, não se esqueçam que também podem comentar os meus pequenos textos feitos em tom de comentário, ao contrario dos testamentos que escrevo aqui.


quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Pedaços de uma Vida (Dis)funcional! Capítulo 1

Hoje vamos fazer algo diferente, hoje vou apresentar por esta via o primeiro capítulo de um dos livros que ando a escrever desde o ano passado, nas minhas horas vagas. Ou melhor, reapresentar pois isto veio a publico originalmente como nota na minha pagina pessoal do Facebook, mas foi muito rapidamente retirado quando descobri que o nome original to texto já se encontrava registado por um outro autor. 

Não obstante, continuei a trabalhar nesta novela, acho que lhe posso dar esse nome, e hoje em dia já tenho uns valentes capítulos feitos e concluídos, ao ponto de um dos meus objetivos para este ano seria self-release este novel na Amazon.com este ano. Pois, bora lá adiar estes planos, pois a vida interferiu no processo criativo e infelizmente esta historia foi colocada numa espécie de hiato.

E irá assim ficar por mais uns tempinhos, a menos que tenha um grupo grande de reações positivas a esta apresentação, uma vez que ainda estou a arrumar esta minha casa virtual - a criar rubricas e crónicas novas, o que me deixa sem o tempo necessário para me dedicar a este livro como ele merece. Mas vá, chega de conversa mole, e apreciem o primeiro capítulo na novela... 



Pedaços de uma Vida (Dis)funcional!




por Hugo MG Ferreira


Capítulo 1

"Confias em mim?"



Hoje acordei a morrer em mim, não me sinto em mim, já não sei quantas garrafas de vodka já bebi hoje e pelo que me lembro ainda só estou acordado há duas horas, mas isso não interessa nada.

Pois ao olhar para ti, ali deitada na tua cama, a dormir, despida de preconceitos num sono angelical, apenas me dá vontade de me ir enfiar debaixo do chuveiro e esfregar-me até a carne sangrar, foda-se, devia de estar muito bêbado ontem há noite, para ter feito uma merda destas, mas que se foda, eu já nem bebo, por isso foi mesmo conscientemente.

Foda-se...

Tu acordas, e olhas para mim com um sorriso rasgado como se tivesses ainda no céu, e dizes ainda com aquele brilho nos olhos que me fez apaixonar por ti, há tantos anos atrás, "Já de pé Carlos?",

Eu meio atrapalhado, apenas respondo, "Sim, tenho que ir trabalhar" e com isso dou mais um golo ou dois na garrafa que estava nas minhas mãos, e foda-se eu tinha parado de beber...

Ela refuta, "Carlos, hoje é Domingo, anda para a cama",

E essa foi a minha dica, eu sorrio, dou-lhe um beijo na testa e decido que a melhor ação é mesmo sair desta casa que já foi minha, mas que agora sinto-me um total e completo estranho aqui, "Não, tenho mesmo coisas para fazer" e com isso acabo de me vestir e saio o mais rápido possível.

Chego a casa uma meia hora depois, pois não estou a viver assim tão longe da minha antiga vida, se bem que as coisas aqui para mim, já não são o que eram, e eu, bem já não tenho os meus vinte aninhos como naquele tempo, não, tenho 43 anos, o que implica que já deveria de ter idade para ter juízo, mas vá, isso logo se vê.

Entro em casa de mansinho, para que a minha companheira de já há dois anos não de por mim, agarro com força as chaves de casa para não fazer barulho, mas foda-se devo de estar com álcool a mais no sangue, pois sendo por norma silencioso ao entrar em casa, hoje consegui fazer daquelas proezas que não passam na cabeça de ninguém...

Foda-se consegui bater com a chave na fechadura umas 3 vezes, até finalmente ter encontrado o buraco da fechadura, e ter conseguido abrir a porta, mas de repente ao fechar a mesma, esqueci-me de tirar a mão, o que me valeu uma entaladela que apenas se exprimiu com o valente FODA-SE CARALHO em plenos pulmões.

E se só isso não tivesse tido suficiente para acordar a Alexandra, a minha companheira, tive ainda o prazer de fechar a porta com o joelho que valeu um estrondo que se ouvir no rés-do-chão, e tendo em conta que eu moro num quarto andar já da para imaginar a doçura com que fechei a mesma. Fora isso, apenas tropecei no tapete do hall-de-entrada e ao entrar na banheira ainda tive o prazer de me vomitar por completo.

Nesse momento a Alexandra entra-me pela casa de banho a dentro, "Então Carlos, a noite no trabalho correu-te bem, presumo?"

Nesse momento acho que todo o álcool que tinha na cabeça desvaneceu, "Não, apenas fomos beber um copo depois de termos feito o inventário, eu é que já estou velho demais para beber."; disse eu esperando que ela não fosse perguntar mais nada.

O que por momentos foi o que aconteceu, até aquele momento em que ela se chega ao pé de mim, para me ajudar a tirar a roupa vomitada, e diz, "Carlos, espero que o chupão que tens no pescoço não tenha sido feito pelo teu colega Eduardo com quem estavas a fazer o inventário",

"Alexandra, não sejas tola, isso é só uma picada de mosquito", duvidei que a conversa fica-se por ali, mas estranhamente ficou, ou pelo menos foi o que eu pensei quando ela me respondeu…

"Está bem, toma lá banho e vai-te deitar, eu vou sair com a Alice pois ela precisa que material novo para a escola, mas aproveita e vê se curas essa bebedeira."; e com uma pausa continua, "E Carlos, nem penses ir dar um beijo a menina nesse estado."

Não discuti, tomei o meu banho rápido que deve de ter demorado uma meia hora, pois quando sai a Alexandra e a Alice já não estavam em casa, estou com aquele sentimento que o dia hoje não me vai correr bem, mas não quero saber, vou para a cama para ver se dormito um pouco.

    

Foda-se olho para o telemóvel, e a Nádia tinha me mandado uma mensagem... «Amei a nossa noite Carlos, quando voltas para casa?», foda-se, não me posso esquecer de apagar a mensagem antes que a Alexandra chegue, e adormeço com o telemóvel ainda na mão.

Três horas depois a Alexandra chega a casa com a menina que vai diretamente para o seu quarto com as coisas novas que comprou com a mãe, pois se há coisa que aquela menina gosta é mesmo de estrear logo as coisas novas que tem.

Dou por mim, a ser acordado pela Alexandra, procuro urgentemente o telemóvel na minha mão, mas o mesmo já não se encontra no sítio onde eu o deixei, de repente sinto o tom sério dela, "Queres falar?", eu tento fugir com o olhar, mas em vão, e com isso acabo por descobrir que o meu telemóvel encontra-se na mão dela.


Foda-se, é a única coisa que me passa pela cabeça, mas tudo o que me sai da boca é um "Confias em mim?".

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Para já, fico a espera, pois quero ver o FIM...

Hoje não me apetece nada... Aliás, como nos últimos dias, ando cansado, stressado, pensativo e um tanto ao quanto para o melancólico e se juntar a isso o estar sem dinheiro, o que é mesmo uma excelente maneira de estar numa época como esta, mas não me posso até queixar, pois existem muitas pessoas em situações financeiras bem piores que a minha, e nem sequer reclamam, por isso continuando.

Já varias me pessoas me disseram que tenho que… Viver… mais… Conviver… mais… Sair… mais… pois isso até que é verdade, mas um gajo que a meio do mês já está sem guito para gasolina, isso é um tanto ao quanto complicado, não se vive, apenas se sobrevive, e como tal vou sobrevivendo até esta fase passar... (que espero que seja rapidamente, mas desconfio que o tempo não é meu amigo).

De resto, na boa, sem stress... Ou pelo menos sem mais do que aqueles que tenho neste momento… Ou melhor, pelo menos tento não me stressar muito com as mil e uma coisas que me estão a passar pela cabeça neste preciso momento, quer por tua causa miúda, quer pelos projectos que tenho em mãos, quer pelo meu futuro em geral…

Mas já decidi, vou me manter na minha, não forçando a nada, ou pelo menos não forçando mais do que por vezes já acho que forço ou insisto, quando sei que não o deveria de fazer, pois tudo o que é forçado, dá merda… Para já, vou mesmo me refastelar na cadeira, e depois logo se vê se vens ou não, se acontece ou não. Para já, fico a espera, pois quero ver o FIM...


Não tenho pressa,
Por ti posso esperar.
Os minutos no meu relógio,
Passam tão devagar.
As minhas horas
são todas da mesma cor,
A primavera sem ti é cinzenta
e eu não conheço a cor do amor.
Daqui não saio,
Estou preso neste chão
vai riscando no meu calendário
os dias e as noites da minha prisão.

Fico a espera... (quero ver o fim),
Ver- te chegar ao pé de mim.
O que eu era e o que sobra de mim,
Quero ver- te chegar o pé de mim.

Sobra-me o tempo,
Conto estrelas no céu.
Tantos invernos que já vi partir,
Vou-me esquecendo de quem sou eu.
Anos passados e eu ainda estou aqui,
Escrevo nas folhas caídas na terra
coisas que o vento me conta de ti.
Meses que queimo, anos que deixo arder
mas fica sempre a saudade
de um beijo que nunca cheguei a conhecer

Fico a espera... (quero ver o fim),
Ver-te chegar ao pé de mim.
O que eu era e o que sobra de mim,
Quero ver te chegar o pé de mim.
Só quero ver-te chegar ao pé de mim...
Fico a espera... (quero ver o fim),
Ver-te chegar ao pé de mim.
O que eu era e o que sobra de mim,
Quero ver-te chegar o pé de mim.
Só quero ver-te chegar ao pé de mim,
Só quero ver-te chegar ao pé de mim...
Por Alcoolemia