sábado, 13 de setembro de 2014

Caixeiro-viajante

Hoje estou assim, entre mundos, sinto-me um caixeiro-viajante, coisa que não gosto de o ser, mas ultimamente tenho sido obrigado a saltitar entre a "minha" casa e a casa da minha mãe, de trouxa as costas e com um rio de distancia. Não deixo saudades, deixando apenas a certeza que para já é um até já, mas que muito em breve será um nunca mais... E não, desta vez sei que nunca mais não será tempo demais, pois quando sair daquele sitio, será mesmo para não voltar mais, sem stress e com o sentimento de missão cumprida e de fecho de um ciclo pois fui muito feliz naquele lugar, mas neste momento por lá estou apenas a viver uma vida emprestada, e isso não me está a fazer bem.

De resto, eu não dou mesmo para ser caixeiro-viajante, pois para mim, andar de terra em terra ou casa em casa com parte dos meus pertences as costas não é vida para mim, e custa me a entender, como existem pessoas que escolham esse estilo como vida, viver de favor, de albergue em albergue, sem eira nem beira, sem sentido, pois isso é algo que para mim não faz sentido algum, e achando mesmo uma imbecilidade. Mas, não sou de julgar ninguém, não sou melhor ou pior que o resto do mundo, como tal não faço juízos de valor. Apenas não compreendo o porque de alguém optar por essa vida para fugir da realidade que tem, uma vez que por mais complicado que as coisas sejam, existem sempre maneira de as resolver, apenas uma pessoa tem que encontrar o seu próprio equilíbrio.

Mas não é fácil encontrar esse equilíbrio, e falo com a experiência de viver os meus dias a tentar encontrar o meu, e o pior nem é chegar a ele, é conseguir manter-lo na luta diária com imprevistos e recaídas de emoções. Isto é pior que estar nos alcoólicos anónimos, em que cada dia é vivido como se fosse ultimo e em constante luta com o nosso interior. E com isso, uns dias são melhores que outros, mas ainda assim, todos os dias são únicos e especiais, pois passo a passo vamos aprendendo a encontrarmos o nosso centro interior.

Enfim, mas no meu caso muito provisório, e enquanto não tiver parte da minha vida resolvida, é o que tenho que fazer, mas se tudo correr de acordo com o meu plano, este momento da minha vida será tão breve que nem moinha irá deixar. Fora isso e como disse anteriormente não tenho nada contra quem escolhe viver a vida sem rumo certo, por escolha ou por necessidade, independentemente de qual for, apenas não é algo que eu queira para mim. 




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