Porque sinto-me sozinho? Porque isto é assim? Porque não estas em mim? Porque isto? Porque aquilo? Eu não sei as respostas, mas as vezes olho para a religião (que não tenho) olho para cima e rogo a um Deus se isto alguma vez irá terminar, se assim vale a pena continuar? E o porque disto tudo? Eu não sei, esse Deus não me da respostas, ou talvez até dê, através dos apertos do coração, das lágrimas a escorrerem na minha face, da saudade… Ai a saudade… De tempos que nunca mais virão, por teimosia talvez, por orgulho, por sei lá mais o que!!!
E eu que não acredito em Deus (não no sentido Católico Apostólico Romano, ou em qualquer outra igreja do género, que os nomes mudam, mas o livro é igual), mas sim numa entidade superiora, mas não importa se é um Deus ou Deuses, pois cada um tem que ter fé em algo, pois se não … Não se tem nada neste tempo mesquinho em que todos matam, roubam, fazem as maiores barbaridades e depois refugiam-se numa igreja para purgar os pecados…
Eu acredito no Amor, sim, sou romântico ao ponto de ainda acreditar que no fim, o Amor pode conquistar mundos e fundos, ao ponto de acreditar que só por si, ele pode fazer tudo mudar… Mas para isso tem que se querer, para já eu… Bem, não vamos entrar por ai… Eu não importo… Pois independentemente de tudo e de me sentir sozinho, e de estar sozinho eu Amo. Se esse amor é me retribuído… Não importa, pois há muitas formas de amar… E talvez neste momento eu só não tenha a forma que eu queria, mas sei lá… No fim acredito que tudo vai ficar tudo bem (como na canção dos Xutos)
E fazendo uma interrupção para cigarro…
Um recado para alguém que se sente sozinha… A sério miúda, não gostei de ler o que li no teu Blog e que vou transpor na íntegra nas próximas linhas (e desculpa-me por isto):
“Passou um fim-de-semana de reclusa, tipo condenada à morte, presa dentro do seu próprio corpo. A felicidade dos outros incomodava-a, os casais de namorados aos beijinhos irritava-a e ela foi-se deixando ficar. Fechada em si ela sofria, não ousava pedir ajuda pois ninguém perceberia a angústia e amargura extrema a que chegara. Pela primeira vez perguntou-se se valeria a pena continuar o suplício, a tristeza não tinha fim, dia após dia voltava para um casa vazia, dia após dia adormecia sozinha, dia após dia faltava-lhe um sorriso ao acordar. Pela primeira vez perguntou-se se não seria melhor ser infeliz mas não estando só. Pela primeira vez achou que se podia contentar com meia felicidade, meia alegria, meia qualquer coisa seria melhor que nada de tudo. Pela primeira vez apeteceu-lhe desistir, entregar-se ao primeiro homem que a quisesse negando-se a si própria algo mais que o simples prazer carnal, durante alguns segundos seria feliz e sentir-se-ía viva.”
E só não gostei porque me revi neste teu texto, revi-me por demais, eu que também passei o fim-de-semana trancado em casa com medo da rua, da alegria das pessoas, pois estou sozinho, sinto-me sozinho, a desesperar, a enlouquecer…
E sim, uma das coisas que mais sinto falta é o meu amanhecer ao lado da minha mulher, que é uma coisa há qual eu nunca dei muita importância, mas agora que estou dia após dia numa cama vazia, a cada segundo que passo estou a valorizar essas pequenas coisas que nunca liguei… Um pouco tarde… Talvez…
E não, não acredito que é melhor ser se infeliz ao lado de quem não se ama, não acredito em meia felicidade, não acredito em desistir do amor, e não acredito em foder só por foder, não acredito em dar-me e entregar-me a alguém para ter uns segundos de prazer… Pois no fim do dia… Seria o vazio em mim… E acredita minha amiga, se eu te estou a dizer isto é por conhecimento de causa… Porque já o fiz… E não, não o volto a fazer, pois prefiro estar só a desistir de mim, dos meus ideais e dos meus dogmas… Enfim… Posso desistir de muitas coisas, mas não desisto do amor e de ser feliz… Não desistas também.
E fazendo outra interrupção para cigarro… (sim, estou a fumar demais… Outra vez)
É giro, pois apesar das sabias palavras que deferi (modéstia a parte) há uma coisa que eu não consigo solucionar… A minha vida… pois neste momento tudo o que eu queria era que a minha mulher… ops… Ex-mulher (por vezes ainda não me habituei a ideia) viesse até mim, com aquele abraço que só ela me sabe dar, e trocasse um beijo comigo, longo e molhado (como eu gosto) e por fim me disse-se… “Shiuu… Tonto, vai ficar tudo bem…”, Enfim… Mas a sério por agora eu só quero um…
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