quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Lanterna Dos Afogados


Voltei a net… mas ainda assim não estou completo… estou como numa sala de recobro com altos e baixos constantes devido a tua ausência…

Os últimos acontecimentos não foram dos melhores… não era assim que devíamos de fazer… mas foi o que fizemos… e eu agora estou assim…



Quando tá escuro
E ninguém te ouve
Quando chega a noite
E você pode chorar



Estou assim… meio perdido na noite a chorar por tudo o que foi e que nem sei se vira… Para mim, para nos não…


Há uma luz no túnel Dos desesperados
Há um cais de porto
Pra quem precisa chegar



Pois eu já não sei de nada…


Eu tô na lanterna dos afogados
Eu tô te esperando
Vê se não vai demorar



Mas vais demorar… vais… talvez tempo demais… talvez…


Uma noite longa
Pra uma vida curta
Mas já não me importa
Basta poder te ajudar
E são tantas marcas
Que já fazem parte
Do que eu sou agora
Mais ainda sei me virar


Não hoje… hoje não estou em mim… hoje sou … sei lá o que… há tanta coisa que hoje te queria dizer… te mostrar… te fazer ver…, mas…


Eu tô na lanterna dos afogados
Eu tô te esperando
Vê se não vai demorar



Vê se não vais demorar… pois por agora… assim estou eu… perdido no escuro há tua procura sem te encontrar… vê se não vais demorar… Pois…


Magoa-me a saudade
do tempo em que te habitava
como o sal ocupa o mar
como a luz recolhendo-se
nas pupilas desatentas

Seja eu de novo tua sombra, teu desejo,
tua noite sem remédio tua virtude,
tua carência
eu
que longe de ti sou fraco
eu
que já fui água, seiva vegetal
sou agora gota trémula, raíz exposta

Traz de novo, meu amor,
a transparência da água
dá ocupação à minha ternura vadia
mergulha os teus dedos
no feitiço do meu peito
e espanta na gruta funda em mim
os animais que atormentam o meu sonho.




(Msica por Paralamas do Sucesso & Poema por Mia Couto)

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