É escuro e ninguém sabe daquela pobre cirança que chora desalmadamente. Está abandonanda num recanto do mundo, tão distante, tão longe dos olhares dos Homens que quatidianamente conduzem a sua alma ao supérfulo da sua existência, ignorando a solidão de quem acabara de nascer deveras. Certamente que não existem palavras para descrever a melancolia, a tristeza espelhada no lúgubre rosto daquela criança, ao ponto de nenhuma alma neste mundo se ter apercebido da ausência de um ser tão intenso. Acredito que pior do que sentir fome ou sede, pior do que estar desempregado ou estar neste momento a sofrer por amor, desesperado devido a uma derrota - pior que tudo isto é sentir que ninguém, absolutamente ninguém neste mundo se interessa por nós. Que sentimento é este que invade o nosso coração ao ponto de ignorarmos vidas humanas? Talvez o mundo esteja demasiado ocupado em correr cada vez mais veloz, tentando bater recordes de velocidades sem esquecer de ocupar cada segundo da sua existência com uma minima tarefa a desempenhar. Uma vida demasiado ocupada é sem duvida uma porta aberta para as cavernas esculpidas no tabernáculo da nossa devassidão.
Devemos de nos preocupar em ouvir o clamor de uma alma, ser-mos solícitios e abraçarmos os outros com o fervor da nossa capacidade de amar, não devemos de ignorar uma ausência, por mais que ela seja temporaria, devemos de nos preocupar mais com os outros do que com a nossa própria velocidade, se todos pensássemos assim talvez o mundo corresse a um ritmo tão necessário como a água corre para o mar.
Agora pergunto eu, o que farias tu neste momento para aparar o choro daquela criança?
Absolutamente nada, porque hoje é demasiado tarde para fazer renascer uma vida, cujo esqueleto está revisto simplesmente com um pijama. Ninguém dera pela sua falta quando necessário.
terça-feira, 7 de agosto de 2007
Everybody Hurts the Corrs
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